A estética marxista propicia uma compreensão profunda, de preocupação com a dignidade humana, de busca da essência e dos fenômenos presentes numa obra de arte e que, ao refletir seu tempo, torna-se patrimônio de toda humanidade. O legado de pensadores como Marx, Engels, Lukács, Gramsci, Brecht, mesmo sob críticas, é o esforço intelectual e pessoal em períodos sombrios da história, na tentativa de compreender o mundo, o ser, sua produção e possibilidades.
A retomada de conceitos na tentativa de compreender a arte contemporânea mostra-se uma necessidade, ainda que os mandos do mercado dificultem cada vez mais olhar com nitidez para obras falsamente novas.No âmbito específico da estética, o que compreende o entendimento da criação artística, sua apresentação e a atividade do criador, portanto indicando caminhos na teoria do conhecimento, a profunda abordagem da teoria marxista, especialmente os conceitos formalizados por Gyorg Lukács.
A retomada de conceitos na tentativa de compreender a arte contemporânea mostra-se uma necessidade, ainda que os mandos do mercado dificultem cada vez mais olhar com nitidez para obras falsamente novas.No âmbito específico da estética, o que compreende o entendimento da criação artística, sua apresentação e a atividade do criador, portanto indicando caminhos na teoria do conhecimento, a profunda abordagem da teoria marxista, especialmente os conceitos formalizados por Gyorg Lukács.
Lukács formulou talvez um dos mais rigorosos corpos teóricos acerca da estética. Para ele, o ponto alto do ser humano é a arte, nela o homem concentra o empírico de sua existência: a subjetividade e a objetividade (a realidade cotidiana que o cerca). O artista deve refletir uma totalidade intensiva que é particularizada, ou seja, ao ser particular, ser único, este concentra tanto traços específicos quanto aqueles que se integraram a ele pelas circunstâncias, pelo ambiente, pela história. A tipicidade, portanto, é dialética, estabelecendo um ser em movimento, mantendo suas características ímpares. Nesse quadro, toda a obra de arte é uma totalidade para Lukács. Sobre a concepção de totalidade, Lukács debate com Brecht. Para Lukács a obra de arte é fechada, para Brecht, ela deve ser construída, modificada a todo tempo. Quanto ao receptor, Lukács entende que a arte tem um papel educador e que a recepção deve ser catártica. Brecht, além de criticar Lukács por este tomar como paradigma da expressão artística o romance burguês, critica a catarse e entende que a arte deve despertar e não envolver, através do estímulo ao distanciamento do público diante do que está sendo visto.As teorias desenvolvidas por Lukács dão conta de questões prementes do humanismo socialista, para as quais o marxismo já indicava soluções, a partir das concepções do materialismo dialético, em considerações esparsas nos escritos de Marx e Engels. Como nenhum dos dois pensadores produziu uma obra que tratasse exclusivamente da estética, coube aos seus discípulos a formulação de conceitos de estética marxista, considerando, além das bases do pensamento marxista, as demandas da história no processo de implantação de um governo socialista, no que diz respeito à necessidade de elaboração de uma política cultural.
Nessa amplitude de compreensões, de teorias, que propiciam uma riqueza de análise desde preocupações diversas, como a própria Revolução Russa e a política cultural, o realismo socialista, pensar a relação entre a arte e a cultura, a sociologia da cultura, a indústria cultural, a modernidade, os intelectuais e a cultura, etc., a tentativa de compreensão de uma obra contemporânea a partir de conceitos elaborados pelo pensador Georg Lukács, exige a indicação de princípios do pensamento marxista tomados como ponto de partida.
http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid
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