Mobile, Alexsander Calder
Bridget Riley, Blaze 1, 1962.
Op Art é a abreviatura de Optical Art, forma de arte abstrata caracterizada pela utilização de figuras geométricas, especialmente em padrões de cor preta e branca, cuja repetição exaustiva resulta num dinamismo visual que cria efeitos de ilusão óptica nos espectadores. Esses efeitos são caracterizados por sensações de movimento e sugestões de vibrações que se modificam quando o observador muda de posição, simbolizando a acessibilidade constante de transformação da realidade em que o homem vive. Esse movimento artístico não convencional, liderado por Victor Vasarely e Bridget Riley tornou-se popular na América e na Europa na década de 60.
Victor Vasarely criou a arte cinética que se funda na experiência e pesquisa de fenômenos de percepção ótica. As composições se constituem de diferentes figuras geométricas, em preto e branco ou colorido. São engenhosamente combinadas, de modo que através de constantes excitações ou acomodações retinianas provocam sensações de velocidade e sugestões de dinamismo, que se modificam desde que o contemplador mude de posição. O geometrismo da composição, ao qual não são estranhos efeitos luminosos, mesmo quando em preto e branco, parece obedecer a duas finalidades. Sugerir facilidades de racionalização para a produção mecânica ou para a multiplicidade, como diz o artista; por outro lado, solicitar ou exigir a participação ativa do contemplador para que a composição se realize completamente como "obra aberta". As pesquisas de sugestão do movimento a partir das sensações ópticas desenvolveram-se principalmente na década de 1960 e tiveram sua maior manifestação pública na exposição coletiva denominada The Responsive Eye, realizada em 1965, no Museu de Arte Moderna, de Nova York. Essa concepção plástica do movimento propiciou a invenção de móbiles de Alexander Calder, que associou retângulos coloridos das telas de Mondrian à ideia de movimento.
Bridget Riley, nascida em Londres em 1931, pretendeu representar o movimento com a utilização sequencial de elementos gráficos, nomeadamente listas que se sobrepõem, curvas onduladas, discos concêntricos e quadrados ou triângulos que se repetem exaustivamente. A dinâmica nas suas obras é, em suma, alcançada com a oposição de estruturas idênticas que interagem umas com as outras produzindo determinado efeito óptico. A interação de cores, por seu turno, baseada nos grandes contrastes (preto e branco) ou na utilização de cores complementares, criam efeitos visuais como sobreposição e interação sobre o fundo e o foco principal, sugerindo, também elas, sensações ópticas de ritmo nas superfícies, que parecem vibrar. Os seus primeiros quadros a preto e branco surgiram em 1960, tendo ganho rapidamente um papel de destaque no movimento emergente da Op art, que a levou a expor em países tão diferentes como Itália, Alemanha, Estados Unidos, Austrália, Índia, Egito ou Japão, e a ser admirada por vários artistas importantes no nosso século. É, no entanto, em meados dos anos 60 ao utilizar cores nos seus trabalhos que revoluciona o movimento Op Art ao introduzir uma técnica, denominada “Moiré”, através da qual cria um espaço móvel que produz um efeito semelhante a de um estalido de chicote. ( http://www.mishabittleston.com/artists/bridget_riley/ )
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