O MINIMALISMO

on 07 junho, 2012











                                                                  The Diagonal of May 25, de Dan Flavin

 

Aluminum-zin Dipole E/W, de Carl Andre
Minimalismo é o movimento ou estilo artístico que surgiu nos Estados Unidos da América durante a década de 60, vários artistas começaram a expor em Nova Iorque e Los Angeles trabalhos como uma lâmpada fluorescente aparafusada diagonalmente à parede (The Diagonal of May 25, de Dan Flavin) ou placas de metal deitadas no chão (Aluminum-zin Dipole E/W, de Carl Andre). Estes objetos confundiram os críticos, que não sabiam como descrever e definir estas novas obras de arte. Como reação à extrema subjetividade e emotividade do Expressionismo Abstrato dos anos 50. Foi com o artigo de um filósofo britânico, Richard Wollheim, publicado em 1966 e intitulado “Minimal Art “, que o termo entrou no discurso crítico.O Minimalismo, tal como o Construtivismo, privilegia o racionalismo e o pensamento matemático. Rejeita o lirismo, a subjetividade e os interesses sociológicos exteriores, volta-se sobre si mesmo e sobre a sua própria análise. O movimento foi uma reacção à prolongada obsessão americana pela individualidade, que estava esgotada com a constante luta entre as liberdades de cada um e as exigências da sociedade. Na década de 60, quando o país tentava sair do conformismo obediente a que tinha estado sujeito durante a Segunda Grande Guerra, essa obsessão pelo individual tornou-se insustentável. A arte deixa de ser expressão do sujeito, para ser a força através da qual a mente impunha ordem e racionalidade às coisas.Ao mesmo tempo que surgia o termo minimalismo, surgiam outras etiquetas para classificar o novo estilo, normalmente para dar títulos a exposições, como por exemplo, «ABC Art», « Primary Structures », « Cool Art », « Specific Objects » e « The Art of the Real».Formalmente, a Arte Minimal caracteriza-se por uma estrutura muito simplificada, utiliza um método conceitual de composição racionalmente desenvolvido que consiste em disposições simples de unidades idênticas e intermutáveis, com freqüência modulares, de inspiração matemática, ou resolvendo permutações geométricas, grelhas ou repetições que podem continuar ou prolongar-se infinitamente.

A Arte Minimalista teve uma influência considerável na Arte Conceitual, onde a imagem é substituída por uma representação textual. "Arte é o que fazemos. Cultura é o que fazem de nós" Carl Andre utilizou a matéria, criando objetos solitários e minimalistas, por vezes as suas obras lembram elementos da cultura, mas trata-se de uma ilusão provocada, ou antes uma provocação ilusória.

Uma outra forma de expressão criada pelos minimalistas é o Happening, uma situação, atuação improvisada, ou que o é aparentemente, projectada de modo a gerar a participação dos espectadores.O termo foi pela primeira vez usado pelo encenador americano, Allen Kaprow, no seu livro Something to Take Place: A Happening. Eram a favor da improvisação, da espontaneidade e do automatismo, mas não um automatismo puro, ditado do pensamento, ausente de qualquer controlo exercido pela razão. O minimalismo operou mudanças decisivas não só na pintura, com nomes como o de Ad Reinhardt, ou na escultura, com Donald Judd, Robert Morris, Carl Andre e Dan Flavin, mas também na música e na dança. Na música, Philip Glass e Steve Reich compõem música que tem uma estrutura modular, onde a repetição é permanente. Na dança, Lucinda Childs faz coreografias implacavelmente repetitivas compostas num palco vazio, completamente nú.Uma outra forma de arte minimal, e desta vez anterior à década de 60 é o haikai. O haikai é uma das mais importantes formas da poesia tradicional japonesa, e também a mais curta das composições poéticas; menor que o soneto, que a trova e mesmo que o epigrama grego.

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